sexta-feira, 27 de maio de 2016

Práticas pedagógicas x Cultura familiar: Como conciliar os conflitos da sexualidade infantil?

FLORIDA CHRISTIAN UNIVESITY
  CAMPUS UNIFUTURO
 NÚCLEO NORDESTE
 MESTRADO EM EDUCAÇÃO
                                                                          





MARIA DAS DORES NOGUEIRA NOBRE ARAÚJO








Práticas pedagógicas x Cultura  familiar:   Como conciliar os  conflitos da sexualidade infantil?











QUIXADÁ- CE
2014



1-      Introdução:

Este trabalho resulta de estudos  que apresentam em suas entrelinhas o resultado diagnóstico descritivo e avaliativo de experiências vivenciadas no Instituto de Educação Infantil Areia Branca, escola publica da rede municipal de Ibicuitinga – Cé.                      Pretende-se por meio deste conjecturar concepções  teóricas à   práticas pedagógicas e costumes familiares, fazendo uma análise de seus relevâncias  nos conflitos inerentes à sexualidade infantil na pré-escola.   
Como metodologia de pesquisa, utilizamos a revisão bibliográfica, abordaremos a postura dos professores frente às culturas familiares e teorias institucionais a luz da psicanálise e concepções freudianas.  Finalizamos nosso texto, fazendo um paralelo entre a compreensão escolar sobre a temática discutida e as teorias de FREUD,  confirmando assim que  a sexualidade é algo inerente ao ser humano e que suas manifestações ocorrem em todas as faixas etárias,  independente do querer, do nível intelectual e cultural dos  indivíduos.
A sexualidade infantil, há tempos vem ganhando destaque no cenário educacional, prova disso é  já ter se tornado parte dos currículos escolares na tentativa de que  o assunto seja entendido como algo inerente ao ser humano e propicio a aprendizagem. Mas paralelo a este progresso, a temática  ainda sofre com inúmeras intempéries que não se encontram na uniformidade das causas, não tem um motivo único que seja responsável ou corresponsável pela inviabilização do progresso curricular na grande maioria das escolas de educação infantil.
Que todos sabem que a sexualidade nos é inerente ao ser humano desde a mais tenra idade e que nos acompanhará até a morte, é fato. O estranhamento deste fato é não conseguirmos quebrar  tantos tabus que geram conflitos “talvez desnecessários” entre escola e família. Entende-se, portanto, que tais comportamentos precisam ser analisados por um viés psicanalítico e não apenas de forma cultural e ou pedagógica.


2 – DESENVOLVIMENTO
2.1 - COMO A ESCOLA COMPREENDE A SEXUALIDADE INFANTIL

Acredita-se ser de interesse de todos os que fazem educação, buscar entender as causas pelas quais a sexualidade continua sendo um grande enigma do ser humano e porque, a despeito de tanta “evolução”, ainda existem tantos tabus e preconceitos em relação à sexualidade.
Na verdade a sexualidade ainda não é compreendida no âmbito escolar, pois  a  este respeito ainda convivemos com muitos  dilemas, muitas indagações; a todo tempo se escuta perguntas do tipo: Qual a relação entre Educação Sexual, Questão de Gênero e Sexualidade? É possível e necessário tratar esta temática na educação infantil? Como organizar o ambiente de modo a favorecer o desenvolvimento das crianças? Como conciliar cultura familiar e prática pedagógica sem desrespeitá-las nem uma  nem outra? Qual a relação que os educadores devem ter com as famílias neste processo de aprendizagem e desenvolvimento infantil? Como planejar, efetivar e avaliar um currículo para a instituição de Educação Infantil de maneira à compreender a sexualidade do ponto de vista pedagógico, psicanalítico  e cultural? 
 Sabemos que não é tarefa fácil encontrar soluções plausíveis para estas problemáticas citadas no parágrafo anterior, porém é possível desde que, os que educam as crianças possam se despir de preconceitos e tentem entender a sexualidade como ação espontânea do corpo. Se a missão das escolas de educação infantil é “cuidar e educar” para a cidadania, deve-se, portanto, perceber, incluir e avaliar    a sexualidade com um olhar critico e responsável.  Porém,  na realidade, a escola não tem dado o valor merecido a essa questão.
Se buscássemos compreender as teorias sexuais das crianças, se as crianças pudessem expressar seus pensamentos sexuais e tais pensamentos e teorias fossem compreendidos e utilizados como subsídios de aprendizagem  não teríamos tantos adultos frustrados e neuróticos.  
Como forma de assegurar à criança o seu desenvolvimento pleno e aprendizagem,   deve a escola incluir no seu currículo atividades interdisciplinares que transcendam os aspectos cognitivos, lembrando que a criança não é só cérebro, é corpo também; E  isso requer atenção total, pois o corpo fala, se manifesta a todo instante, logo não se pode deixar passar por desapercebido  as teorias sexuais das crianças. Mas, por não buscarem entender o comportamento sexual infantil, entram em choque com os  constantes os casos em que os meninos têm ereção peniana ao encostar-se nos joelhos do professor (prática comum e que incomoda muito aos  professores), ou quando em suas brincadeiras e idas ao banheiro as crianças  veem e tocam as partes intimas umas das outras, admiram, e até confessam  e  questionam o fato de sentiram sensações agradáveis no corpo, meninas que se masturbam dentro da sala e pedem que as amiguinhas sintam o odor que suas mãos exalam após tocarem suas genitálias.
Recentemente  o I.E.I Areia Branca, vivenciou uma situação que fez com que a gestão escolar repensasse sua proposta pedagógica:  Duas crianças do sexos masculino foram  flagradas nuas dentro do banheiro.  A professora ficou perplexa quando  um dos  garotos  lhe perguntou por que quando ele olhava figuras de “gente nua” ou tocava  o pênis do amigo, o seu pênis ficava ereto. Isso foi um choque para a professora que  imediatamente encaminhou  a criança para a direção, com o intuito de que o mesmo sofresse alguma repreensão severa. A professora retirou da sala todos os livros que continha desenhos do corpo humano, pois segundo a mesma, as gravuras  estavam estimulando a “tara” da criança.
Em situações como essa, vemos que a maioria dos professores perdem o equilibro e bom senso, passam a fazer juízo de valores em relação ao comportamento das crianças, esquecem que advimos de uma cultura massificante  religiosa, tradicional e talvez até mesmo hipócrita, na qual a castração é a melhor solução para esses casos. Assim, tanto a escola quanto as famílias desperdiçam  parte primordial da aprendizagem infantil e como  diz Furlani: 
[…] A sexualidade se manifesta na infância, na adolescência, na vida adulta e na terceira idade.  Esperar para abordar a sexualidade, apenas na adolescência, reflete uma visão pedagógica limitada, baseada na crença de que a “iniciação sexual” só é possível a partir da capacidade reprodutiva [puberdade] (FURLANI, 2009, p. 45).

Não queremos aqui subjugar os professores, pois sabemos que  não é fácil trabalhar essa temática nos dias em que vivemos, onde a pedofilia e o assédio sexual tem sido ações constantes, necessitando até que se criem leis especificas para tratar o assunto. Mas o professor pode revolucionar sua prática;  Tem como conviver bem com estas situações, pois são natas, inerentes ao ser humano. Mais que isso, são  propicias ao desenvolvimento e aprendizagem infantil. Basta  compreendermos    que a sexualidade se constitui ao longo da vida, e que esta sempre há de trazer marca da história, da cultura, da ciência, e dos afetos e sentimentos que cada ser / sujeito vivencia, se a compreendermos  como dizem  Altmann e Carvalho (2012)
“[...] como um dispositivo histórico e não como uma realidade subterrânea que se apreende com dificuldade.” (p. 2) Sendo assim, a sexualidade é algo que ao longo da vida vai se “construindo” a partir de vários processos que o sujeito vivencia, a partir da formação do conhecimento, da intensificação dos prazeres, dos estímulos ao corpo, entre outros.

A abordagem da sexualidade está presente na mídia, nas discussões sociais, e nas relações familiares, porém, achamos absurdo quando a mesma se manifesta na criança.  Por  tratar-se de um discurso aberto e subliminar atrai  elementos autoritários e estereotipados, revelando concepções errôneas, que permeiam a educação da criança, dos pais e dos educadores. Prova disso são praticas escolares que segregadas de preconceitos e costumes arcaicos em nome de uma falsa moral, que em nada educa.
Se observarmos ao  nosso redor,  podemos ver em salas até mesmo de creche e pré-escola crianças reprimidas, com seus desejos inibidos: vivenciamos um sistema fajuto que dribla as Leis e Diretrizes Nacionais para a Educação,  e de forma escancarada (pois nem ao menos disfarça) ainda aplaude situação nas quais meninos sentam de um lado e as meninas de outro; meninas usam objetos de cor rosas e os meninos azuis, ou então a escola opta por cores neutras a fim de remediar os “possíveis problemas / conflitos”; os meninos são ensinados á sempre dever da a vez / a preferências para as meninas por serem elas “o sexo frágil”. Os brinquedos também não são disponibilizados de acordo com a preferência das crianças, mas de acordo com as tradições: meninos devem brincar de bola e de carrinho, meninas de boneca....  Como se ver, sempre   valorizamos  mais os costumes mesmo que defasados que a própria preferência da criança.
Diante da triste realidade descrita somos obrigados a dizer que agindo de tal maneira a escola, está matando e não educando, pois,  conforme  Nunes e Silva (2000 p. 118-119) “a prática de reprimir, inibir, de escamotear e esconder a expressão e a curiosidade da criança é responsável pela maioria das crises e contradições dos conflitos emocionais e sexuais [...].

As polêmicas geradas em torno da sexualidade como já mencionada anteriormente são baseadas geralmente em conceitos religiosos, crenças, tabus, preconceitos; que, muitas vezes, dificultam a prática docente.  E, paralelo a estes problemas, temos ainda que enfrentar  outro que também não é de menor importância: A formação dos professores, ou melhor  dizendo a falta de formação.
Acredita-se que para um professor bem formado faz diferença sim no processo de formação da criança, já que uma formação engloba não apenas os conhecimentos teóricos, como cita Camargo (1999, p.51-52) “implica o despertar de suas potencialidades, favorecendo a expressão de sua criatividade, de sua sensibilidade. […] tanto do ensinante quanto do aprendiz.
É importante que a escola discuta este assunto para ressignificar as experiências educativas em torno da sexualidade. A exemplo desta necessidade  podemos citar um caso inusitado em que as crianças foram convidadas a desenharem o corpo humano, e ao fazerem,  bastava que desenhassem cabeça, braços, pernas e troncos e a professora já se dava por satisfeita. Mas,  uma criança resolveu quebrar as regras e foi mais além: desenhou alguns  acessório de enfeites ou adornos para a figura “humana” , o professor questionou: Óculos, anéis, relógios.... isso é parte do corpo humano? E assim desprezou a  criatividade da criança. Com o questionamento da professora criança apagou os assessórios do seu boneco, mas,  desenhou os órgãos sexuais do suposto corpo humano. Logo a professora pediu que vestisse o boneco, ou seja, que desenhe a roupa para cobrir os órgãos sexuais. Dessa forma prefere contradizer sua pratica, pois, roupa assim como outros acessórios desenhados anteriormente,  também não é parte do copo humano. Mas, agora o que importava era cobrir os órgãos genitais, como se eles não fosse parte do corpo. Seria esta atitude falta de formação acadêmica? Ou resquícios de chamada “moral e bons costumes”? Concordamos com  Martleli e Aquino (apud Braga 2009, p. 133), q uando afirma que 
além da própria experiência pessoal, os (as) educadores (as) precisam de uma mudança de atitude, quererem aprender, abrirem-se ao desafio [...]. Necessitam participar de cursos, debates, grupos de estudos entre outras atividades de capacitação, possibilitando assim uma troca de experiências ... (BRAGA, 2009, p.133).


Diante das problemáticas expostas, considera-se de suma e  fundamental importância que a prática docente esteja pautado nos pensamentos filosóficos e psicanalíticos de Freud, haja vista que por este viés, somos levados    problematizar, questionar, dialogar e compreender os elementos culturais, sociais e históricos que constituem esse aspecto da vida humana.

2.2 – COMO A FAMILIA COMPREENDE A SEXUALIDADE INFANTIL

Quando o assunto é sexualidade infantil, é valido afirmar  que a família, assim como a escola funciona como  um importante cenário  de apreciação e reprodução de  dicotomias, uma vez que a constituição dos sujeitos, trás resquícios de uma cultura  usurpada pelas relações de gênero e pelas constantes disputas de poder.
Portanto, não é de se espantar que, ainda tem pais que ficam transtornados ao saber que seus filhos vivenciaram situações de afeto e descobrimento do corpo na creche. Mas como eles podem cheirar, acariciar “o pipiu / o pintinho”  do filho e esperam que esse comportamento não vai se reproduzir na escola? Afinal, se os pais fazem isso com os filhos e entendem tal comportamento  como prova de amor e não como pedofilia, por que na escola se uma criança toca a genitália de outra isso é entendido como assedio /  abuso? Na maioria das vezes direção escolar fica em uma situação constrangedora, por ter que que atender aos princípios da  moralidade familiar e as teorias pedagógicas.   
A abordagem da sexualidade infantil nas escolas nas escolas ainda  deixa alguns pais receosos, mas é necessário faze-los  entender que é importante que o respeito às diferenças e ao próprio desenvolvimento do corpo,  esteja presente no currículo. Portanto, informar aos pais  é o primeiro passo para a quebra do preconceito.  
Entendemos que não cabe  a escola, fazer juízo de valores familiares nesta questão e que é necessário que haja o respeito para com as culturas familiares tanto no âmbito da moralidade excessiva, quanto as ditas liberais. Portanto cabe a escola assumir uma postura conciliatória e libertadora para  que gere aprendizagem respeitando os limites e impulsos do corpo infantil, sem  desvalorizar ou banalizar conceitos familiares. É possível agir desta maneira, conforme sugere,  SANTOS, Andréia Tenório i (2008, apud ALTMANN e CARVALHO, 2012)
[...] trabalhar educação sexual com as crianças desde pequena, incluindo aí o tema da masturbação, que deve ser percebida e abordada de maneira positiva. [...] as crianças precisam entender os conceitos de nudez e privacidade e, para que não pareça ser um modo de fazer “concessões” quanto aos prazeres das crianças, devem aprender que certas atitudes dever ser feitas privativamente.                SANTOS (2010 i apud  ALTMANN e CARVALHO, 2012, p. 7)

Por assumir relevância social, consideramos importante a discussão sobre sexualidade infantil no âmbito escolar, pois, de acordo com alguns pais, as crianças têm revelado a sua sexualidade  cada vez mais cedo, e condenam a escola, por isso, como se tal acontecimentos fosse um ato negativo na vida dos filhos.  Percebe-se portanto, que mesmo vivendo sobre forte influência da mídia e da tecnologia, e tendo  acesso a qualquer tipo de informação,  ainda não é do conhecimento de todos que  as manifestações sexuais iniciam-se antes ainda do nascimento, e que estas acontecem de forma espontânea ou como uma resposta à estimulação do corpo de cada individuo. 
 É comum no I.E.I Areia Branca (acredito que na maioria das escolas) ver pais e professores  angustiados por que a criança querem ver o sexo dos adultos com quem convivem, os adultos ao invés de ficarem felizes, sofrem com as descobertas das crianças; E atitude como estas que deveria ser visto com naturalidade, ainda são vistas como um ato preocupante e vergonhoso no seio familiar.
Estudando as teorias sexuais das crianças reportei-me  a uma situação vivenciada no IEI Areia Branca a alguns anos atrás: lembrei-me de Kayke uma criança de 3 anos de idade que faz parte da escola lócus das experiências relatadas neste texto. A mãe do menino chegou à escola perplexa por que a noite em sua casa a criança orou rogando  ao papai do céu que concedesse uma “piroquinha”  a sua mãe e a sua professora. Segundo a mãe da criança conta, e nos autorizou a contar, o menino tem muito orgulho de ter um pênis, a ponto de fotografa-lo e pedir que não apagasse a foto, pois estava linda;  e dizia para mamãe não ficar triste, “por que a piroquinha dela ainda ia crescer”.
A situação descrita nos remete a Freud quando diz que uma das primeiras teorias sexuais infantis deriva do desconhecimento das diferenças entre os sexos e como uma característica infantil... 
“consiste em atribuir a todos, inclusive às mulheres, a posse de um pênis, tal como o menino sabe a partir de seu próprio corpo. É justamente na constituição sexual que devemos encarar como ‘normal’ que, já na infância, o pênis é a principal zona erógena e o mais importante objeto sexual auto-erótico.
SANTOS (2010. p3  i apud  FEUD – 1976)

Como mostra o exemplo de Kayke  e a referência teórica,   já na infância, o pênis é a principal zona erógena e o mais importante objeto sexual auto erótico.  Lamenta-se que esta teoria infantil não seja compreendia com naturalidade  por parte dos adultos, e  ainda na mesma referência encontramos a seguinte citação  “o alto valor que o menino lhe concede (ao pênis / grifo nosso)  reflete-se naturalmente em sua incapacidade de imaginar uma pessoa semelhante a ele que seja desprovida desse constituinte essencial.”
É Preocupante perceber que qualquer comportamento que saia dos padrões  da normalidade é prontamente tratado com descaso, desprezo, humilhação e caso a escola não seja vigilante  uma simples brincadeira na  qual as crianças queiram descobrir seus corpos, podem ser vir a ser interpretadas  como  assédio ou violência física.
Para evitar o constrangimento ou bullying por parte dos adultos, a família e a escola podem - e devem – abordar essa questão com naturalidade,  embora não seja fácil deve ser esclarecido  a necessidade de respeitar as teorias e comportamentos sexuais infantis necessidades do corpo e pressuposto de aprendizagem.         













3 – CONCLUSÃO
 
Diante do exposto, concluímos que tratar sobre a sexualidade infantil não é nada fácil, posto que a sexualidade de uma maneira em geral é ainda é um assunto muito obscuro, envolto em medos e preconceito. Ao que nos parece, grande parte da população ainda tem  receio em abordar o tema, uma grande prova  disso se dá no choque entre pais e professores que não se entendem quando o assunto é sexualidade.
Está muito claro que; falar, discutir abertamente as questões sobre a sexualidade humana ainda é um tabu, principalmente para as famílias do interior. Imagine agora, o drama enfrentado pela escola, mais especificamente as creches , quando professores e gestores se deparam com reações normais do comportamento humano no caso “as crianças que se descobrem automaticamente”, elas são de imediato reprimidas, talvez que por falta de conhecimentos, ou mesmo por não se acharem preparadas pra lidar com essas questões.
Se hoje  temos um número ínfimo de profissionais que já vislumbram um caminho mais aberto, que já falam  mais a vontade sobre essas questões na infância; porém, por conduzirem assim sua prática,  esses profissionais  podem ser tratados com não com o devido respeito, pois ainda são vistos como pessoas omissas, e como se dessem lugar a libertinagem. Mas, se de fato, este profissional se omite, logo é  encurralado pela escola e família que vivem nos  últimos tempos um impasse entre sexualidade infantil e a cultura familiar baseado em dogmas da religiosidade que ainda tenta esconder e negar que  o corpo humano, que as pessoas sentem desejos , vontades carnais desde a mais tenra idade, negam que a nossa relação é carnal, cheia de desejos desde  a infância.
Resultado, a sexualidade infantil está longe de ter o cuidado que merece, ainda é um tabu, e assim, família e escola continuam  uma desconexão tremenda no que tange as descobertas na infância.






REFERÊNCIAS
ALTMANN, Helena; CARVALHO, Gabriella Elaine Fagundes de. Sexualidade na Educação Infantil: entre o silenciamento e a vigilância. In: Artifícios, Pará, v. 2, n. 4, p. 1-13, dez/2012.

AQUINO. Camila; MATELLI. Andrea Cristina: (Camila Aquino – UNIOESTE / Andrea Cristina Martelli UNIOESTE) Escola e educação sexual: uma relação necessária.  IX ANPEDS SUL.  Seminário de pesquisa em educação da região sul 2012. 

BRAGA, Eliane Rose Maio. Sexualidade infantil: a importância da formação de professores (as) na questão de gênero. In: Educação no século XXI: Múltiplos desafios/ Sandra Regina Cassol Carbello, Sueli Ribeiro Comar (organizadoras). Maringá: Eduem, 2009.

CAMARGO, Ana Maria Faccioli de; RIBEIRO, Cláudia. Sexualidade (s) e Infância (s): A sexualidade como um tema transversal. São Paulo: Editora da Universidade de Campinas, 1999.

FREUD, Sigmund. Obras Completas. Rio de Janeiro: Imago, 1976. Sobre as teorias sexuais das crianças. (1908 - v. 9)

FURLANI, Jimena. Encarar o desafio da Educação Sexual na escola. In: Sexualidade; Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Diversidades. Núcleo de Gênero e Diversidade Sexual. - Curitiba: SEED –Pr., 2009. - p. 37 – 48.

NUNES, César Aparecido. A educação Sexual da Criança: Subsídios teóricos e propostas práticas para uma abordagem da sexualidade para além da transversalidade/ César Nunes, Edna Silva. - Campinas, SP: Autores Associados, 2000. - (Coleção polêmicas do nosso tempo; 72).
SANTOS, Andréia Tenório dos: Desejo e sexualidade na constituição do conhecimento.    Texto  originado das reflexões suscitadas   na pesquisa de iniciação científica “A sexualidade infantil e o desejo de saber: a origem da atividade intelectual nas crianças” . Ago/2009 a Jul/2010, na Faculdade de Educação da USP, sob a orientação do profº Dr. Leandro de Lajonquière





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